sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Don Taco

Morando aqui por quase dois anos, hoje decidi sair para explorar a vida norturna desse bairro semi-nobre. Depois de ser "secada" com olhares pelos caras (um adulto e dois velhos) da banca de revistas, pelas pessoas do espetinho da esquina e por algumas outras do caldinho da outra esquina, e por uns quatro caras de um "pegabebo" ajeitadinho no fim da rua, cheguei à galeria onde havia dois lugares que vendiam comida.

(Hoje não tinha o que jantar, cheguei da rua com a roupa da academia e só tinha um pão, e eu não ia impedir minha mãe de comê-lo, me poupe, né?)

Tomei banho e fui à caça de comida. Pensei em comer um espetinho... não. Lembrei que tinha um restaurantezinho na galeria no final de rua, e lá fui eu, como já contei. Cheguei e fui observada de novo. Não entendo porque as pessoas me olham tanto, eu não sou tão bonita assim, certo que sou um pouquinho diferente: não uso chapinha, meus cabelos adoram o vento e sempre fico que nem um leão depois de um ventinho besta; não tenho olho claro e hoje eu estava com uma camisa listrada de magas compridas e de short jeans. Geeente, sou normal, mas as pessoas insistem em olhar. Ora eu fico sem graça, ora eu me acho, afinal, se tá olhando muito, alguma coisa tem. Boa ou ruim, tem!

Fui no "Don Taco", lá tem tacos, uma comida mexicana. É gostosa. O garçom também. Digo, nãão gostooooso, ele era bonitinho e bem simpatico. Fofo.

Voltei pra casa e não recebi todos os olhares novamente, só os velhos que ficaram olhando pra mim e sacodindo a cabeça com um jeito chato e agoniante.

Cheguei e comemos. Minha mãe e eu.

domingo, 22 de novembro de 2009

euforia

eu tenho um grito e um choro presos no mesmo lugar.
euforia.

domingo, 18 de outubro de 2009

O último carnaval

Aquela música, baixinha, ouvia-se ao longe... Ela já sabia, aqueles sininhos que se aproximavam e de repente paravam em frente ao seu portão, ela já saia. Levava consigo algumas moedinhas e seus olhos gulosos brilhavam, tomava as duas cocadas em suas mãos, sorria para Seu Gil e entrava serelepe.
Havia anos que ela evitava os doces, mas agora não adiantava mais, engordar ela não iria mais, celulites ou colesterol alto não a atingiriam mais. A enfermidade a consumia, ela estava pele e osso... e qual é a graça de esperar pela morte sem comer doce? Ah, não! Oxe! Ela tinha mais era que curtir a vida, e isso ela fazia bem, nunca vi menina mais animada, acho que porque, no fundo, ela sabia que aqui era só uma passagem.
Ela sorria o tempo todo, cantava e quando a doença dava uma trégua, ela se danava pelas ruas, bares e boates da cidade. Amava o carnaval, subia e descia todas as ladeiras de Olinda e emendava no Recife Antigo, era forte e saudável. Quem diria? Ninguém, jamais, diria que ela tinha um câncer. Era modelo, era linda, um sorriso verdadeiro, uma mente extraordinária, conversava coisas que modelos normais (hahahaha) não conversava. Era inteligente horrores, assustava até.
Nunca nos disse qual câncer tinha, quando ficou careca, comprou lenços lindos e coloridos (a cara dela).
No último carnaval, brincou todos os dias e o dia todo, foi pro Bacalhau do Batata e no fim da tarde chamou todos os amigos, disse o quanto nos amava, e lá sentada fechou os olhos e se foi. Sorrindo.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Fragmentos de agendas, cartinhas, bilhetes, recados em caixas-portais. Mulheres sempre reclamando. Dos homens; enquanto eles tentam lidar com a estúpida significância de possuir um pênis. Mulheres sem pênis, gastando tempo em excesso com o cérebro. Homens ficando duro embaixo de suas calças. Nunca, nenhuma dessas coisas, no tempo certo. Tsk, a humanidade é terminantemente patética. Devia dar vergonha ser daqui. Daqui, sabe?

Fernanda Young

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Saudade

Nem todo mundo sabe que eu não sei sentir saudade(acho que ninguém sabe). Eu não sei a qual intensidade tal falta é considerada saudade, não sei bem como funciona, não sei dizer que senti saudade e tampouco sei se quando eu digo que senti saudade, eu realmente senti saudade.
Mas eu sinto saudade.
É, eu sinto saudade... à minha maneira.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Força da Paz


Força da paz
Cresça sempre, sempre mais
Que reine a paz e acabem as fronteiras
Nós somos um

Amor, amor, amor, amor, amor
Essa canção é do amor

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Sorriso estúpido

Um sorriso me escapava encrenqueiro pelo canto da boca, eu não podia rir naquela ocasião. Me contorcia para não dar vexame, me controlei, mas não deu, sai correndo desembestada. Quando cheguei num lugar mais reservado, soltei uma gargalhada estúpida.

Mais tarde soube dos comentários: “Coitada, não conseguiu ver seu Fagundes ser enterrado”. Na realidade, alguém, só de maldade, passou batom vermelho nos lábios de seu Fagundes e eu não poderia prender aquela gargalhada estúpida. Sim, eu deveria estar consternada e orar caridosamente pela alma dele, mas conhecendo seu Fagundes como eu conhecia... o velho era escroto, e tenho certeza que ele também tava morrendo de rir, enquanto todos se perguntavam por que seu Fagundes, tão saudável, foi-se de supetão. Ora! Era óbvio que ele tava cansado da hipocrisia do mundo; certo ele.

domingo, 28 de junho de 2009

Aquecimento Global x Sexo

Que calor infernal fazia naquela manhã! Achei um lápis de cor da Lou jogado num canto da sala e prendi o cabelo, abri as janelas da varanda e tirei a blusa. Quando Yuri voltou da padaria achou ótimo me ver só de top jogada no sofá com o ventilador em cima de mim.

- Assim você me obriga a querer que Lou tenha outro irmãozinho.

Ele estava visivelmente interessado (se é que me entende), mas eu estava com muito calor para pensar em sexo. Lou tava na casa de uma amiga nossa, ela tinha duas filhas da idade da minha pequena, então não vimos problema em deixá-la passar um final de semana brincando.

Meu dia anterior tinha sido abarrotado de coisas, eu estava cansada demais e acabei deixando Yuri na mão. Já aquele dia estava quente demais, eu tinha a impressão de ver as ondas de calor invadir minha sala, tive a nítida impressão que algumas ondas pararam ao meu lado e ficaram ali lutando contra o ventilador.

- Aquecimento global, amor. – falei enquanto espantava aquelas ondas para longe. Yuri parecia chateado com a situação de eu estar MORRENDO de calor e sem vontade de transar com ele. Como eu estava negando aquele homem, nem eu mesma entendia. Yuri estava lindo: uma regata verde que deixava à mostra a tatuagem do braço e a do peito, uma bermuda branca meio caída e ele continuava com aquele corpitcho magrelo que eu amava e sentia o maior tesão. Mas o incomodo do calor era maior que o tesão.

- Aquecimento global é besteira, amor. Deixa eu te dar mais motivos pra ficar com calor. – ele veio me beijar e eu sai. Ele ficou puto.

- Porra, Lou, dá um tempo vai. Deixa de frescura. Que merda!

Ele tava visivelmente chateado. Eu também ficaria, mas eu entenderia a indisposição por causa do calor... Acabei tendo uma idéia fantástica: ia fazer uma matéria sobre a relação do aquecimento global e as vontades sexuais. Se havia de fato alguma relação eu não sabia, mas que estava me afetando, aah isso estava.

- Desculpa... To com muito calor, to sem vontade... – eu demonstrei minha indisposição, fiz cara de triste pela situação, mas logo mudei de expressão ao pensar em comida: - Amor, tu comprou pão doce?

- Claro que comprei, Lou! Tu vai ficar imensa. – ele foi todo ríspido, mas era compreensível.

Eu me levantei, peguei meu pão doce e me sentei novamente na frente do ventilador. Liguei a televisão e espantosamente estava passando uma reportagem sobre as calotas de gelo derretendo aos montes. Percebi que Yuri ainda estava parado olhando pra mim com aquela cara de “não acredito que ela vai mesmo fazer isso (ficar sentada assistindo TV ao invés de fazer amor com ele)”. Fingi não me importar e para completar o desgosto dele, que eu juro que não foi de propósito, pedi:

- Amor, me traz um Danoninho?

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Michael Jackson


Durante todo o dia todo mundo ficou sabendo de quase tudo da vida e da morte do ícone Michael Jackson (mas eu ainda não lembrei o nome da irmã atriz dele). Não vou resumir a vida dele, nem falar muito dele, só vou dizer que ele realmente era show. Produções de clipes era com ele, shows brilhosos e espetaculares também era com ele. FATO!
Covenhamos que o clipe de Thriller é fantástico, aquela dancinha é o máximo. E I'llbe there é muito linda. Nunca fui fã, mas ele merece minha humilde homenagem. Na minha opinião ele deu o recado dele, e até mesmo nas entrelinhas. A NeverLand dele era o reflexo da frustração da infância perdida, a síndrome de Peter Pan, que, não por acaso, Michael era fã. Não o culpo pela infantilidades, ele foi um bom homem, se estragou (não serei eufemista para dizer que ele se estragou um pouco), mas tinha um bom coração, ajudou o quanto pôde e, além de fazer música, é isso que importa.

"O superlativo de astro chama-se Michael Jackson."
Tá bom ou quer mais?!




Vai na paz, querido Mike. (sintam a intimidade)





quinta-feira, 18 de junho de 2009

"Tenho aqui em minhas mãos esses livros..." LIVROS?

Coisas simples que nos deixam incrivelmente espantados estão sujeitas a acontecer todos os dias, certo?
Deveria ser, mas nos últimos dias coisas aconteceram, mas nenhuma delas me deixou incrivelmente espantada. E as coisas não chegaram nem a ser simples, quer dizer, chegaram, mas eram simples demais.
Hoje eu estava voltando pra casa, estava cansada...
"Senhoooras e senhoores, peço um pouco da atenção de vocês (...)"
'Mas que saco' pensei eu, achei que era mais um cara que estava falando em alto e bom tom que não era ladrão, que era um pai de família e que seus filhos estavam passando fome (eu me revolto porque essas crianças vão passar fome pra sempre, o cara ta acostumado a pedir. Mas isso é pano para outra mangas compridas) e mais um monte de coisas que às vezes me comove ou eu acabo acreditando. tsc tsc tsc
"...tenho aqui em minhas mãos..."
E PASMEM, ele estava vendendo livros! Livros de tabuada, nova regra ortográfica, escreva e fale bem e até de ervas mecidinais. Para não ficar na dúvida, comprei todos e gastei só 6 reais.
Uma coisa é o cara vender chocolates, bombons e canetas, mas livros e ÚTEIS, foi algo que me deixou incrivelmente espantada e feliz!

"...por apenas dois reais. E quem levar três livros, paga 5 reais. Quatro livros por seis (...) Obrigado, senhora, tenha uma boa viagem."

sábado, 13 de junho de 2009

[no momento] Seria melhor

Eu to fingindo que não ligo, mas o que eu quero mesmo é te ter do meu lado. Eu to sorrindo à toa, mas meu sorriso seria bem mais aberto contigo. Eu to cantando às tortas e às direitas, mas tenho certeza que minha voz ficaria menos embargada se eu pudesse contar contigo. Meus passeios são animados e felizes, mas se tu estivesse comigo, eles teriam o brilho da tua felicidade. Os filmes que eu assisto sempre me passam algo bom, mas não tão boa quanto a tua energia. Ela me envolve...

Vinha hoje voltando pra casa e fiquei pensando em ti. Não sei o que exatamente vinha à minha mente, mas era algo bom que me deixou triste por não ter tido oportunidade de ter começado...

Mas a gente ainda vai se encontrar e eu espero não ser tarde demais.

domingo, 7 de junho de 2009

Gratificante

Hoje eu fui visitar um asilo. Vi a desumanidade de seus parentes.
Fiquei triste por ver aquilo, mas por outro lado me senti útil, fiz, pelo menos por um fim de tarde, alguém não se sentir sozinho e rejeitado.

Visitar asilo é como visitar uma creche, mas não sei qual é o mais triste. Com os idosos você os vê órfãos depois de tudo que fizeram, depois de seus anos de trabalho e/ou dedicação à família; com as crianças você as vê órfãs sem terem feito nada e correndo o risco de não fazer...

Agora cá estou eu a pensar: eu espero que o mundo pare as crueldades onde está, se avançar mais será mais que o caos!



Visite asilos, creches, hospitais. Muitas vezes eles precisam saber que alguém se importa com eles e tem um sorriso para lhes dar.
Ver a alegria deles é melhor que qualquer dinheiro, isso já é um presentão!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Obrigada... [Isn't it ironic... don't you think]

Obrigada por chegar sem ser convidado, por me dar um selinho (que, suponho eu, ter sido pelo calor do momento), por bagunçar o que eu demorei tanto tempo pra arrumar, por ter demorado muito pra aparecer. Obrigada por quando ter aparecido (mesmo que tenha sido só um fim de tarde) ter sido o cara que eu gostaria ficar junto pra sempre, obrigada por ter não ter calculado bem teus atos, por ter andado de mãos dadas comigo e por ter ficado abrçado comigo no meio da rua. E te agradeço mais ainda por hoje me dizer pra eu não criar expectativa.
Mesmo com todo erro e sinceridade, mesmo eu ainda querendo estar contigo, mesmo assim obrigada por ter me feito sorrir e obrigada por você existir.

"Esse samba é pra você que me fez sorrir, que me fez (que está me fazendo) chorar..."


"E eu quero muito mais amor pra você, meu bem"
(mesmo que seja de outra pessoa)



p.s.: nunca fui tão sincera. e como eu queria ter ficado contigo e ter estado contigo mais que um fim de tarde...

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Ansiosa

Eu bem que tentei, mas não consigo. Sou ansiosa, mas tu ainda não sabe disso...
É...eu sou ansiosa, sou agoniada...
Morro de vontade de ver!

terça-feira, 26 de maio de 2009

=]

Obrigada por me fazer sorrir, obrigada por você existir.




[pra ser mais feliz eu espero o tempo que for preciso]

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Cachinho

Tem um cachinho atrás da minha orelha esquerda. Eu adoro brincar com ele, sempre mexo nele quando to pensando ou quando to preocupada. Quando eu to feliz eu também mexo nele. Ele é pequeno, ta nascendo agora, é tão cachinho, ele.
Eu acho que tu ia gostar de sentar perto de mim, ou me deitar no teu colo e mexer no meu cachinho, eu também ia gostar muito. Ia ter a certeza da tua presença, da tua respiração, dos teus dedos nos meus cachos, das tuas palavras... Ia ter a certeza de ti.
O pequenino cacho atrás da minha orelha esquerda foi só pretexto pra te dizer que eu te quero perto de mim, te quero comigo, te quero como amigo, te quero como amante, te quero sempre, te quero quando quiseres, te quero quando não quiseres, te quero agora, te quero amanhã. Te quero! (com ou sem limão, eu te QUERO!)

sábado, 4 de abril de 2009

Vou sorrir

Hoje o orkut me disse: “faça uma boa ação por alguém hoje” e eu decidi fazer.

Vou me dar um abraço bem grande e me dizer o que me aflige e assim vou tentar dormir. Vou continuar minha felicidade hoje e ser mais feliz durante o resto da minha vida. Vou sorrir e procurar meu lugar, porque eu sei que ESSE aqui não é o meu lugar. Como estou me sentindo hoje não é como eu costumo me sentir.

Vou sorrir, vou sorrir sempre. As lágrimas que parecem querer cair, não vão cair porque eu simplesmente vou sorrir. Vou sorrir o sorriso mais lindo que eu tiver. E vou oferecê-lo a todos, talvez alguém esteja precisando mais do meu sorriso do que eu.


Mas eu sei que me falta algo...

domingo, 29 de março de 2009

Debaixo da lua I

Na oitava série éramos muito amigos, ele ia lá pra casa e nós conversávamos, jogávamos, estudávamos, contavamos para o outro nossos segredos e ele gostava de fazer brigadeiro pra gente, nunca fui boa fazendo brigadeiro. Passávamos horas na locadora escolhendo filmes. Às vezes os de terror, ou os alternativos, ou os de comédia romântica - que ele detestava, mas mesmo assim pegava, ou ficção, bang-bang... Sempre levavamos 4 ou 5 filmes e assistiamos todos comendo brigadeiro e pipoca. Era o máximo. Fugiamos para ir à shows e escondiamos um grande amor, esse era o único segredo que não sabiamos um do outro.
Nos formamos e a comemoração foi uma viagem. Foi nessa viagem onde tudo começou; ele me beijou e disse que me amava e que sempre me amou desde a quinta série e que agradecia a Deus pela nossa aproximação na oitava série. E que precisava saber se eu pelo menos gostava dele. Ele despejou tudo e a única coisa que consegui fazer foi sorrir, de repente eu gargalhava e de repente eu chorava também. Era óbvio que eu o amava, tava mais que na cara.
Namoramos 6 meses e no meio do primeiro ano do ensino médio ele teve que se mudar junto com a familia para outro estado. Acabamos. Eu chorava todas as noites.

domingo, 15 de março de 2009

Expectativa

A cada rosto novo uma nova expectativa. Era assim que Kimya estava vivendo seus dias, sempre colocando uma nova expectativa. Talvez parecesse bom, mas algumas vezes era frustrante.
Ela imaginava situações, imaginava como ela se tornaria amiga daquele gay super estiloso da faculdade, ou como aquele cabeludo que pegava o mesmo ônibus que ela iria se apaixonar loucamente por ela ou então como ela teria amigos loucos de todos os cantos da cidade.
Cada rosto que surgia na frente dela, era motivo para os devaneios. Somente.
Nada de amigos loucos novos, nada de amizade com nenhum gay estiloso e nada de cabeludos, carecas, moicanos, gordos, magros, brancos ou pretos apaixonados loucamente por ela. Ela procurava demais. FATO!
Ela até que arrumava amigos novos, gays, lésbicas, bi, heteros, mas nenhum era normal, porque ninguém é normal, inclusive ela. Mas algo ainda faltava, era aquele serzinho para andar de mãos dadas e ficar idiotamente feliz ao seu lado, coisa de momento, mas importante.
Ela sabe que vai encontrar, mas nem todas as estórias têm finais felizes e ela ainda está só, mas agora ela aceita e consegue controlar a carência com outras coisas lícitas.
Olhando por esse ângulo até que é um final feliz...

terça-feira, 10 de março de 2009

Naquela praia

Acordei cedo, desci para tomar café e subi pra tomar banho.
Ele precisava estar lá, era minha ultima chance de beijar a boca mais linda daquela praia. Ir à praia nunca foi tão fácil, já beijar aquela boca não digo o mesmo.
Ele estava lá e ao me ver sorriu. Ele me queria na mesma proporção que eu o queria, talvez mais.
Com meu ar de burguesinha louca pelo plebeu, me sentei na beira do mar debaixo do guarda-sol e esperei. Das 9h as 14h. Ele estava trabalhando e a burguesa ali era eu não ele. Ele tinha que ganhar o pão dele e a minha boca e o meu 1 metro e 60 centímetros não iriam atrapalhá-lo, não naquele momento.
Deixei que cuidasse de seus afazeres e as 14h tive que ir embora e deixar lá aquela praia, aquele marzão, aquela boca... NÃO! De jeito nenhum. Ele também queria, foi mais fácil. Ele me beijou e eu sosseguei, ele me beijou de novo e eu me excitei, foi inevitável. Fui-me embora.
Ainda lembro daquele beijo naquela praia.

Antes de ir, passei lá e dessa vez eu o beijei. Ele não perdeu o emprego, assim espero. Entrei no carro e burguesamente fui pro aeroporto e meu fim de ano/férias ficaram naquela praia e o gosto ainda tá na boca.
Meu voô era as 18h.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Um lindo sorriso moreno

Cheguei na parada e imaginei que meu fabuloso ônibus já havia passado. Havia um garoto cor de chocolate sentado no chão esperando o seu ônibus, e resolvi, então, perguntar a ele se o meu havia passado. Não havia.
Soltei a bolsa no chão e me encostei, sabendo que a espera seria longa. Certo momento percebi ele olhando pra mim, mas grande coisa, eu estava com uma legging, querendo ou não eu estava chamando atenção. E eu estava em pé!
Cansei de ficar em pé, retirei os chinelos e sentei sobre eles, não estava confortável, mas foi relaxante. Cansada...
Ele puxou a conversa e eu conversei. Foi simples e legal.

Meu ônibus chegou primeiro que o dele e ele me deu um lindo sorriso moreno e um irônico "boa viagem". Sorri de volta e soltei um 'confortante' "boa espera". Subi no ônibus e ele acenou lá do chão.

domingo, 8 de março de 2009

Parabéns...


Para nós meninas-meninas, meninas-mulheres, mulheres-meninas e mulheres-mulheres.
Parabéns por termos força e sensibilidade na medida certa, por sabermos falar e calar, por termos o poder de percepção aguçado, por termos carinho, medo, amor, segurança, raiva, esperança e tantas outras coisas desmedidamente e na medida certa.
Parabéns paras as mães, trabalhadoras, amigas, namoradas, esposas, irmãs, tias e avós.
A igualdade total existirá e não tardará, já conseguimos coisas consideráveis. É óbvio que homens são fisicamente mais fortes, mas a nós foi dada a responsabilidade da sensibilidade, do amor, somos nós quem damos os primeiros direitos vitais. Que outro ser Deus daria tal responsabilidade?
É bom lembrar a data, mas melhor ainda é que façamos que todos os dias seja nosso. Que façamos valer o dia que estamos vivendo.
Sabemos que muitas morreram para termos o pouco que temos hoje, um dia só não é o bastante, e ironicamente amanhã é segunda-feira, mas o que importa se nós sabemos que todos os dias são nosso?!

Mulheres já somos, todo o resto a gente tira de letra.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

As pessoas me desestimulam por detalhes

Detalhes, sabe? Tipo... você espera um parabéns fervoroso numa ligação e você só recebe um parabensinho no ORKUT.
Bem... isso me desestimula muito!
Outro exemploé um "oi" na rua, no ônibus ou no corredor da escola. A pessoa dá aqueele "oi" animado e em troca ganha um sorrisinho meia boca.
Eu morgo.
Tantas coisa que poderiam ser retribuidas na mesma intensidade. Coisas pequenas. Tornam-se detalhes, e estes me desestimulam ao próximo "oi", ao próximo parabéns e até ao próximo beijo!
Exatamente! "p r ó x i m o b e i j o".
Porque sim! Beijos mal dados e mal retribuidos também me desestimulam demais.

Detalhes parecem pequenos, ou melhor, são pequenos. Mas um dedo é algo pequeno, então experimente ficer sem ele. Ou melhor, lamba o dedo e coloque no feijão. O feijão estraga. E só era um detalhe, hein?

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Só vai depender de Você


Se era assim que tu me querias. Ou melhor, se É assim que tu me queres, assim sem tesão, tu estás conseguindo. As coisas estão se esvaindo e se tu não me beijas mais como me beijou uma vez é porque não me quer mais.
Meu problema é prever coisas e mesmo assim querê-las pra mim. Querer tentar e tentá-las e me testar. Meu problema é essa mania louca de prever erros, situações, atitudes e finais de coisas mal começadas e mal resolvidas. O foda é que na loteria eu não ganho.
Se me queres num final de semana para uma pegação casual e desejos volúveis, vamos enquanto meu tesão não se acaba de uma vez. Mas se me queres para quando quiseres, te aviso que não sou um bonito enfeite como um anjinho de louça ou num daqueles carrinhos que tu enfeitavas o quarto quando criança. Te aviso logo que já mudei o suficiente pra beijar essa tua boca. Te deixo avisado também que foi porque eu quis.
(e essa tua boca me mata...)
Vou sumir que tu não vais nem notar e talvez um dia tua boca precise da minha e tu precises ouvir algo digno de se ouvir.
Sei que tu beijas outras tantas bocas, não sei o que sentes e não sei se sou a única boca inteligente que beijas. Sei que não sou A mais perfeita, o problema é que tu tens medo de se entregar e se envolver, por vício das outras bocas.
Mas se a minha personalidade não é compatível com o tamanho da minha bunda e meu cérebro com o tamanho dos meus peitos, e se meu jeito (que no fundo eu sei que tu gostas) não se encaixa na tua agenda, eu saio da tua vida bem de fininho e trato parar de desejar tua boca e teu abraço nos dias chatos da semana.
Porque no final de semana nem meus peitos, bunda, cérebro, jeito, caráter e personalidade se encaixam na tua agenda.
E a permanência do meu desejo e vontades só vai depender de e do jeito que me desejares (e se me beijares de verdade).

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Minha esperança de um mundo melhor

Lá estava ela, minha pequena Lou, dormindo linda e sorridente. Lá estava minha esperança de um mundo melhor!
Minha filha era meu pedaço de céu, meu refúgio, meu amor real, minha paz, minha esperança.
Me peguei depositando toda a minha fé numa criança de 5 anos de idade. Despejava nela toda a esperança de resgate dos meus medos, das minhas frustrações e vi que inconscientemente eu axigia demais da minha pequena Lou.
Parei em frente ao espelho e vi no reflexo a minha atual esperança de um mundo melhor.
Por que esperar par que a minha filha ME resgate quado ela tiver seus vinte anos? Por que eu não posso superar minhas frustrações e poupá-la?
Minhas perguntas já eram as respostas que eu precisava. Deixei meu tesouro dormir em paz e decidi ser a SUA esperança de mundo melhor.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Mesmo que EU não queira

Eu vou estar na sala ao lado do telefone a te esperar.
Eu vou sempre estar nas músicas que tu escutas, nas letras e frases e páginas dos livros que tu les. Naquelas placas engraçadas, eu também vou estar lá. Nas tuas calças folgadas, naquela tua camisa de botão e até nas tuas meias, eu sempre vou estar lá.
Se tu trocares teu guarda-roupas, discos e livros, eu ainda vou estar lá. Eu sempre estou segurando a tua mão e agarradinha no teu pescoço e beijando tua bochecha com biquinho como só eu sei fazer. Sempre vou estar, mesmo que eu não queira, porque tu sempre me procuras quando eu já estou dormindo. E é aí que eu passo, não só a noite, como o dia todo contigo.
No pensamento.
No teu pensamento, e daí eu não saio se tu não quiseres. Então deixa de besteira e me beija da próxima vez que eu realmente estiver contigo!

sábado, 17 de janeiro de 2009

Tua satisfação


Gosto de cores e de doces e de gritar e de me calar e tu me diz que sou louca. Tu diz que ama esse meu jeitinho, esse jeito revoltada, calma, doce e estupidamente áspera. Mas por que tu não me disse antes que me queria? Será que o meu jeito não te satisfaz? No fundo a minha loucura te faz feliz, eu sei. Mesmo que hoje eu seja tua amiga, só tua amiga. Sei que te faço feliz como eu te fazia antes. Cordas e proibições. Te cortava sempre, né? Te dava corda sempre, né? Tu me quis sempre, né? Acontece! Mas eu sei que no fundo esse meu jeito louco e desvairado de ser te faz feliz e quando tu me vê ou tem notícias minhas, tu sorri e não disfarça. Só o meu jeito não te satisfaz. EU te satisfaria, mas eu dependia de impulsos externos mais fortes. A culpa não é totalmente minha... Agora não adianta lamentar o beijo que não te roubei ou o encontro que não marquei, eu sei que de qualquer forma eu te faço feliz e o que eu sou satifaz.
Não satisfaz?

Tu me satisfazia. Em todos os aspectos tu me satisfazia, e ainda satisfaz, mas eu cresci e... eu te satisfaço e ela também. Não voltei pra atrapalhar nada, só voltei pra te ver sorrir, pra te fazer sorrir.
Satisfazer.


Somente.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Êta, preta

Êta, preta, mas esse teu jeito me encanta, viu? Essa tua fala agoniada, essa tua risada.
Êta, preta, sorri, que teu sorriso lindo me deixa feliz.
Preta, tu é tão linda que eu fico besta, quero sempre o teu melhor, preta.
Mas preta, não esnoba, tu sabe que eu te quero.
Êta, preta, sonhei contigo ontem, ó. Tu tava tão linda, e tu vestia esse teu sorriso lindo. Desculpa, preta, mas eu te beijei ontem.
Preta, não fica assim, eu te respeito e te quero bem. Tu é linda e inteligente, e pra completar, essa cor da tua pele, preta, eu me perco!
Êta, preta, se tu não me dá bola eu morro de desgosto. Te digo logo, preta, eu quero ficar vivinho do teu lado, perto de tu, minha flor.
Preta, num me abandona não, esse teu sorriso é luz que me ilumina, e te quero tanto, preta, que tu nem imagina.
Êta, preta, eu num quero te perder não. Eu vou cuidar de tu pra sempre, minha preta.