quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Só Vou Gostar De Quem Gosta De Mim

Rossini Pinto


De hoje em diante vou modificar
O meu modo de vida
Naquele instante que você partiu
Destruiu nosso amor
Agora não vou mais chorar
Cansei de esperar, de esperar enfim
E pra começar eu só vou gostar
De quem gosta de mim

Não quero com isso dizer que o amor
Não é bom sentimento
A vida é tão bela quando a gente ama
Tem um amor
Por isso é que eu vou mudar
Não quero ficar
Chorando até o fim
E pra não chorar
Eu só vou gostar de quem gosta de mim

Não vai ser fácil, eu bem sei
Eu já procurei, não encontrei meu bem
A vida é assim, eu falo por mim
Pois eu vivo sem ninguém

E pronto

"eu me apaixonei pela pessoa errada..."
- Que ótimo jeito de acordar, dia!

Mel foi acordada por aqueele pagodão de domingo, daqueles muito velhos.

- Que mané me apaixonei pela pessoa errada! Só não foi no momento certo. Certo?

É, ela se deixou levar pelo pagodão e analisou a parte do "eu me apaixonei pela pessoa errada". Denis não era A pessoa errada, mas também não era a certa. Não pra ela. Não naquelas circunstâncias.

Denis: seu amigo que contava quase tudo de sua vida a ela, "pegador" e conquistador de garotinhas indefesas.

Mel: a garotinha (quase) indefesa do momento.

Pelo menos ela se classificou assim e pronto.

Naquela manhã Mel se tocou que poderia estar gostando dele, mas como assim? Não poderia ser possível e nem verdade. Seria o fim gostar dele.
Solução: se afastar e deixar pra lá. Certo? Errado!

A menina era virada e queria ele, queria fazer ele deixar de ser mulherengo, queria e pronto.
"Arrisque antes que seja tarde demais" não saia da cabeça.

No fundo ela sabia que não teria futuro, sabia e pronto. Depois de pensar um pouco decidiu deixar pra lá, e... pronto.
Preferiu continuar escutando e dando conselhos, e manter o ciúme escondido de tudo e todos.




e...

"Quem vai dizer ao coração que a paixão não é loucura?"

Fronteira

Meus sonhos, meus medos, meus amores...
Quatro paredes, um guarda-roupa, uma cama, uma mesinha, estantes... Instantes aqui, fora daqui.
Lá longe, bem longe, na fina fronteira do meu pensamento com o buraco negro de viagens sem volta.
Os instantes que quase atravesso a fronteira todos os dias. Os instantes que tento voltar, os instantes que tento não ir..., e as raras vezes que não vou.
Entre quatro paredes e em meio a roupas, livros, meias, bichos de pelúcia, sonhos, medos e amores, cá estou eu do lado "errado" da fronteira me forçando a quer voltar para algo que não me faz falta.