Ela era diferente, ele sabia bem disso. Eles estavam longe um do outro e todos sabiam disso.
O que ela pensaria sobre ele? Será que ela usava mini-saia, usava salto, batom, era vaidosa? Talvez não, porque ele se achava tão... diferente que não apostava que ela seria normalzinha. Ele pensava que uma menina normalzinha não iria gostar dele.
E ele acertou, ela não era nada convencional, nem tradicional. Era tão única que... que ninguém saberia explicar, nem seus pais, nem mesmo ele que era observador. Ela também era muito observadora e sabia de coisas dele que ele nem imaginava que ela poderia saber, como por exemplo: ele ficava extramente chato quando ficava cansado. Ele não sabia que era assim até ela falar.
Formariam um casal lindo, se estivem perto.
Ele era tão lindo que ela morria de medo que tudo aquilo fosse mentira, que fosse apenas um sonho (o que ela tinha quase certeza). Ela se perguntava constantemente "o que esse menino lindo está fazendo sentado no meu jardim?", uma resposta que ela já sabia, já era comprovado, mas ela não queria aceitar, não queria acreditar. Por que? Porque é melhor esperar pelo ruim e se surpreender com o bom. Faz total sentido.
Ela era única, ele tinha certeza. Ela era muito boba, isso ele nem imaginava (ou imaginava), mas ela sabia muito bem que era boba, mas preferia deixar em off, afinal "ele não precisa saber de tudo. Um dia ele descobre (ou não)".
Maldito "ou não"! Sinal de pessimismo, sinal de pessimismo, mas que grande coisa, para ela isso era... digamos... normal. É, isso mesmo, NORMAL. Pra você não, né? Pra mim também não, como assim o pessimismo é normal? "Ele é lindo, eu sou feia, ele vive cercado de meninas lindas e eu nem conheço um cara lindo assim." Talvez ela tivesse lá os seus motivos, lá no fundo daquela cabecinha única, pra pensar assim.
Mas pra ele, ela era linda, ele tinha certeza disso. Pra ele, ela era inteligente e legal. Pra ela, ela era um pouco legal, sabia que era inteligente, mas sempre perdia a oportunidade de ser mais. "Que burra, viu?" Ela sempre dizia. Ele não se importava se ela era assim ou assado, ela querendo ou não, já havia mudado os planos (pelo menos um pouco ela havia mudado) dele. Ele cogitou a idéia de ir para perto dela, mas ela não se empolgou muito. Mentira! Ela ficou muito feliz, mas manteve os pés FIRMES no chão. Talvez firme até demais!
Ligar pra ele? Não! Por que? Orgulho e também aquela velha história de que 'se ele quer, ele liga', e ela de fato se prendeu a isso. Assumia para si que tinha saudade, mas besteira, saudade pra ela "ou a pessoa matava um dia, ou a pessoa se acostumava a sentir saudade, ou passava" e ela, por incrível que pareça, não sentia muito saudade. Mas quando sentia, dava até dó.
Ela esperava ele aparecer, esperava e nada. "Quer saber? Dane-se ele! Não liga pra mim, não ligo pra ele. Não pareço ser importante pra ele, então a sua importância pra mim vai acabar também!". Sempre radical, sempre! E chocava, até mesmo ele. Ele nunca estava preparado para os ataques de radicalismo dela, e ela sempre esperava o pior dele. Viu a diferença? Não há difereça! Ou há? Eles eram tão diferente e tão parecidos ao mesmo.
Ela gostava de músicos, mas nunca ficou com um, de fato, e ele não sabia nem tocar violão, nem dedilhar, nem apitar, quem sabe?! Ela gostava de meninos que faziam cursos 'intelectuais' como filosofia, história, ou jornalismo, publicidade. Resumindo: ela se limitava a caras do CAC (mesmo muitos sendo gay) e do CFCH, e pra variar ela nunca ficou com nenhum. Ele era totalmente diferente do que ela havia planejado, mas ele até que se encaixava bem nos seus planos, bem até demais. A questão era: ela se encaixava bem nos planos dele? E a resposta ela já sabia. Não, poderia se encaixar, mas ela não se encaixa tão bem nos planos dele quanto ele se encaixa nos planos dela.
Eram diferentes mesmo, mas se gostavam. Ela tinha certeza que eles foram feito um para o outro, assim como diz naquela música do Caetano Veloso "nós dois fomos feitos muito pra nós dois", era assim que ela via, mas sabia que ele não via assim. Ela tentava se conformar, era difícil, mas ela tentava.
Será que ele ia gostar de ter uma garota que toca baixo, que adoraria tocar nos bares nas madrugadas da vida com sua banda? Será que ele gostaria? Ela já haiva pensado em perguntar, mas mudava de idéia sempre, porque temia, não saber que ele não gostaria, mas sim que ele dissesse que não pretendia tê-la como A garota dele. Isso era terrível de pensar.
Um dia ela perguntaria, juntos ou não.
Ele dizia que gostava dela, não todos os dias, mas dizia. Dizia também que ela de alguma forma havia mudado os planos dele, não explicitamente, nas entrelinhas. E ela sorria e tentava acreditar e aceitar que o destino, ou melhor, que a vida havia lhe pregado a mais bela peça, onde ela não seria a princesinha indefesa e ele o forte príncipe, ela seria ela mesma, a menina da vida dele, e ele seria ele, o cara da vida dela.
Ela queria uma história engraçada, interessante e bonita. Tinha tudo nas mãos: o ótimo senso de humor dos dois e a própria situação, a situação que era assaz interessante e tinha ele (não do verbo ter, do verbo quase e do "eu acho que ele gosta de mim") , um pouco longe, é claro, mas tinha. Juntando tudo isso com certeza daria a história que ela imaginava. Era melhor mesmo ser realidade, né, mas como não tinha como ser realidade, talvez uma historinha suprisse.
Ele não parecia fazer muitas coisas por ela, mas ela imaginava que ele poderia fazer, assim como naquela música do Pato Fu:
O que ela pensaria sobre ele? Será que ela usava mini-saia, usava salto, batom, era vaidosa? Talvez não, porque ele se achava tão... diferente que não apostava que ela seria normalzinha. Ele pensava que uma menina normalzinha não iria gostar dele.
E ele acertou, ela não era nada convencional, nem tradicional. Era tão única que... que ninguém saberia explicar, nem seus pais, nem mesmo ele que era observador. Ela também era muito observadora e sabia de coisas dele que ele nem imaginava que ela poderia saber, como por exemplo: ele ficava extramente chato quando ficava cansado. Ele não sabia que era assim até ela falar.
Formariam um casal lindo, se estivem perto.
Ele era tão lindo que ela morria de medo que tudo aquilo fosse mentira, que fosse apenas um sonho (o que ela tinha quase certeza). Ela se perguntava constantemente "o que esse menino lindo está fazendo sentado no meu jardim?", uma resposta que ela já sabia, já era comprovado, mas ela não queria aceitar, não queria acreditar. Por que? Porque é melhor esperar pelo ruim e se surpreender com o bom. Faz total sentido.
Ela era única, ele tinha certeza. Ela era muito boba, isso ele nem imaginava (ou imaginava), mas ela sabia muito bem que era boba, mas preferia deixar em off, afinal "ele não precisa saber de tudo. Um dia ele descobre (ou não)".
Maldito "ou não"! Sinal de pessimismo, sinal de pessimismo, mas que grande coisa, para ela isso era... digamos... normal. É, isso mesmo, NORMAL. Pra você não, né? Pra mim também não, como assim o pessimismo é normal? "Ele é lindo, eu sou feia, ele vive cercado de meninas lindas e eu nem conheço um cara lindo assim." Talvez ela tivesse lá os seus motivos, lá no fundo daquela cabecinha única, pra pensar assim.
Mas pra ele, ela era linda, ele tinha certeza disso. Pra ele, ela era inteligente e legal. Pra ela, ela era um pouco legal, sabia que era inteligente, mas sempre perdia a oportunidade de ser mais. "Que burra, viu?" Ela sempre dizia. Ele não se importava se ela era assim ou assado, ela querendo ou não, já havia mudado os planos (pelo menos um pouco ela havia mudado) dele. Ele cogitou a idéia de ir para perto dela, mas ela não se empolgou muito. Mentira! Ela ficou muito feliz, mas manteve os pés FIRMES no chão. Talvez firme até demais!
Ligar pra ele? Não! Por que? Orgulho e também aquela velha história de que 'se ele quer, ele liga', e ela de fato se prendeu a isso. Assumia para si que tinha saudade, mas besteira, saudade pra ela "ou a pessoa matava um dia, ou a pessoa se acostumava a sentir saudade, ou passava" e ela, por incrível que pareça, não sentia muito saudade. Mas quando sentia, dava até dó.
Ela esperava ele aparecer, esperava e nada. "Quer saber? Dane-se ele! Não liga pra mim, não ligo pra ele. Não pareço ser importante pra ele, então a sua importância pra mim vai acabar também!". Sempre radical, sempre! E chocava, até mesmo ele. Ele nunca estava preparado para os ataques de radicalismo dela, e ela sempre esperava o pior dele. Viu a diferença? Não há difereça! Ou há? Eles eram tão diferente e tão parecidos ao mesmo.
Ela gostava de músicos, mas nunca ficou com um, de fato, e ele não sabia nem tocar violão, nem dedilhar, nem apitar, quem sabe?! Ela gostava de meninos que faziam cursos 'intelectuais' como filosofia, história, ou jornalismo, publicidade. Resumindo: ela se limitava a caras do CAC (mesmo muitos sendo gay) e do CFCH, e pra variar ela nunca ficou com nenhum. Ele era totalmente diferente do que ela havia planejado, mas ele até que se encaixava bem nos seus planos, bem até demais. A questão era: ela se encaixava bem nos planos dele? E a resposta ela já sabia. Não, poderia se encaixar, mas ela não se encaixa tão bem nos planos dele quanto ele se encaixa nos planos dela.
Eram diferentes mesmo, mas se gostavam. Ela tinha certeza que eles foram feito um para o outro, assim como diz naquela música do Caetano Veloso "nós dois fomos feitos muito pra nós dois", era assim que ela via, mas sabia que ele não via assim. Ela tentava se conformar, era difícil, mas ela tentava.
Será que ele ia gostar de ter uma garota que toca baixo, que adoraria tocar nos bares nas madrugadas da vida com sua banda? Será que ele gostaria? Ela já haiva pensado em perguntar, mas mudava de idéia sempre, porque temia, não saber que ele não gostaria, mas sim que ele dissesse que não pretendia tê-la como A garota dele. Isso era terrível de pensar.
Um dia ela perguntaria, juntos ou não.
Ele dizia que gostava dela, não todos os dias, mas dizia. Dizia também que ela de alguma forma havia mudado os planos dele, não explicitamente, nas entrelinhas. E ela sorria e tentava acreditar e aceitar que o destino, ou melhor, que a vida havia lhe pregado a mais bela peça, onde ela não seria a princesinha indefesa e ele o forte príncipe, ela seria ela mesma, a menina da vida dele, e ele seria ele, o cara da vida dela.
Ela queria uma história engraçada, interessante e bonita. Tinha tudo nas mãos: o ótimo senso de humor dos dois e a própria situação, a situação que era assaz interessante e tinha ele (não do verbo ter, do verbo quase e do "eu acho que ele gosta de mim") , um pouco longe, é claro, mas tinha. Juntando tudo isso com certeza daria a história que ela imaginava. Era melhor mesmo ser realidade, né, mas como não tinha como ser realidade, talvez uma historinha suprisse.
Ele não parecia fazer muitas coisas por ela, mas ela imaginava que ele poderia fazer, assim como naquela música do Pato Fu:
ANORMAL
Rádio ligado
Troco estações porque
Não sei o som que você
Pode odiar
No supermercado
Eu tento escolher
O mesmo sabor que você
Deve gostar
Se é que conheço você
Só de te observar
Posso apostar que não vai
Me decepcionar
Mais que anormal
Eu devo ser
Pra ver você
Em todo lugar
Dentro do quarto
Vejo comerciais
Qual vai te convencer
Que ainda estou lá
No supermercado
Tentando escolher
O mesmo sabor que você
Deve gostar
Se é que conheço você
Só de te observar
Posso apostar que não vai
Me decepcionar
Mais que anormal
Eu devo ser
Pra ver você
Em todo lugar (2x)
Engraçada, né? Mas poderia ser a música deles, por quê não? Talvez os sentimentos não fossem
correspondidos em intensidade, talvez nem fossem correspondidos mesmo. Não sei de quem pra
quem, mas talvez não fossem correspondidos ou fossem.
Eu adoro falar daqueles dois, dois estranhos. Essa semana vou observá-los mais para escrever mais sobre eles.
Rádio ligado
Troco estações porque
Não sei o som que você
Pode odiar
No supermercado
Eu tento escolher
O mesmo sabor que você
Deve gostar
Se é que conheço você
Só de te observar
Posso apostar que não vai
Me decepcionar
Mais que anormal
Eu devo ser
Pra ver você
Em todo lugar
Dentro do quarto
Vejo comerciais
Qual vai te convencer
Que ainda estou lá
No supermercado
Tentando escolher
O mesmo sabor que você
Deve gostar
Se é que conheço você
Só de te observar
Posso apostar que não vai
Me decepcionar
Mais que anormal
Eu devo ser
Pra ver você
Em todo lugar (2x)
Engraçada, né? Mas poderia ser a música deles, por quê não? Talvez os sentimentos não fossem
correspondidos em intensidade, talvez nem fossem correspondidos mesmo. Não sei de quem pra
quem, mas talvez não fossem correspondidos ou fossem.
Eu adoro falar daqueles dois, dois estranhos. Essa semana vou observá-los mais para escrever mais sobre eles.
São uma graça!