Morando aqui por quase dois anos, hoje decidi sair para explorar a vida norturna desse bairro semi-nobre. Depois de ser "secada" com olhares pelos caras (um adulto e dois velhos) da banca de revistas, pelas pessoas do espetinho da esquina e por algumas outras do caldinho da outra esquina, e por uns quatro caras de um "pegabebo" ajeitadinho no fim da rua, cheguei à galeria onde havia dois lugares que vendiam comida.
(Hoje não tinha o que jantar, cheguei da rua com a roupa da academia e só tinha um pão, e eu não ia impedir minha mãe de comê-lo, me poupe, né?)
Tomei banho e fui à caça de comida. Pensei em comer um espetinho... não. Lembrei que tinha um restaurantezinho na galeria no final de rua, e lá fui eu, como já contei. Cheguei e fui observada de novo. Não entendo porque as pessoas me olham tanto, eu não sou tão bonita assim, certo que sou um pouquinho diferente: não uso chapinha, meus cabelos adoram o vento e sempre fico que nem um leão depois de um ventinho besta; não tenho olho claro e hoje eu estava com uma camisa listrada de magas compridas e de short jeans. Geeente, sou normal, mas as pessoas insistem em olhar. Ora eu fico sem graça, ora eu me acho, afinal, se tá olhando muito, alguma coisa tem. Boa ou ruim, tem!
Fui no "Don Taco", lá tem tacos, uma comida mexicana. É gostosa. O garçom também. Digo, nãão gostooooso, ele era bonitinho e bem simpatico. Fofo.
Voltei pra casa e não recebi todos os olhares novamente, só os velhos que ficaram olhando pra mim e sacodindo a cabeça com um jeito chato e agoniante.
Cheguei e comemos. Minha mãe e eu.